Depois de anos e anos de investigação nesta área, é possível apontar alguns elementos característicos, diria mesmo, essenciais, para a realização destes eventos:
- Polícia familiar – mulheres e homens, normalmente com muuuuiiiittttaaaaa experiência, que se auto-nomeiam para ficar em volta dos dancings a ver as filhas/netas (deles ou dos vizinhos…!), leia-se, a controlar os pares das donzelas que, coitadas, se vêm a braços com a curiosidade alheia.
- Bailarico - com música pimba (e umas kizombas para...). Mesmo com o corpo de intervenção da polícia familiar, a dançar, ninguém leva a mal. São os meninos e os idosos, a donzela e o mancebo, os casados e solteiros... Giro giro é quando cada um dança para seu lado, quando cada um abana de sua maneira e quando os quatro pés (leia-se dois de cada um) não se entendem e chocam a torto e a direito. Um fartote, para os senhores da polícia que se divertem e quase fazem apostas...
- Coleccionadores de garrafas – rapazitos de tenra idade que apanham as garrafas que todos os outros deixam pelo chão dos recintos… Não lhes interessa a cor, a marca ou o antigo conteúdo. Ganha quem chegar ao fim com mais garrafas! Mais um campeonato para acompanhar com emoção, até ao último minuto (ou garrafa!). Estes meninos têm um papel fundamental nas limpezas e, muitas vezes, não são recompensados. Quem sabe um caso para ir ao “Nós por Cá”!
- Odor característico – agradabilíssimo! Quando falamos com alguém que se encontra atrás do balcão ou por lá passou momentaneamente, constatamos que o perfume vem todo do mesmo sítio: do assador ou da frigideira das batatas fritas. É aquela coisa!
- Altas individualidades – ele há de tudo! São as senhoras trés chiques que não dançam com medo dos pés de chumbo, os rapazinhos a tentar piscar o olho às suas consortes, os velhinhos amorosos que relembram a sua juventude, os emigrantes que regressam e têm que pôr a conversa em dia com TODA a gente, as tias-que-só-vemos-uma-vez-por-ano e que são… (isso mesmo que pensaram!), as criancinhas birrentas que fazem quase mais barulho que os agrupamentos musicais (!!!), as gentes da política em ano de eleições e os ilustres da terra em grandes jantares de confraternização… enfim!
Muito há a dizer sobre estes magníficos acontecimentos do quotidiano tradicional português. São dias em que, quem diz que já viu tudo, volta atrás no discurso! Há sempre cenas caricatas que nos fazem rir a bandeiras despregadas...!
Tudo isto e muito mais para conferir numa festa de verão perto de si =)
Ai como eu adoro festas de verão! :)
ResponderEliminarkiss
dulce
adorei o teu texto, ja tê tinha dito...
ResponderEliminare tambem adoro as festa sd verao e acho que tens razao em tudo aquilo que escreveste....
e eu sou dakelas k fica num canto com medo dos eu spes d chumbo:P:P
tu bem etntas mas eu nao consigo aprendeer a dancar...vou precisar d mais aulas :P
bj adrt
Eheheh! Quem não gosta das festas de verão Dulce?!? :D
ResponderEliminarObrigado Caty, sempre tão gentil. Só te falta um bocadinho assim! xD Sei bem qual é o problema: passas cá muito pouco tempo. Qualquer aluno precisa de aulas e treinos regulares... falta-te a magic! Tratamos disso este verão?!!?
=)
as festas de verão, são sobretude eventos, realizados por associações com o objectivo de angariar financiamentos para a manutenção e realização das instalações, onde a mesma funciona.
ResponderEliminarFica um voto de louvor para esses carolas, que trabalham arduamente e dão um bocado de si aos outros em prol do desenvolvimento cultural e recreativo da sua localidade ou bairro.
O outro tipo de festas é em honra de um Santo, ou Santa, aqui normalmente mistura-se sagrado com o profano, perde-se nas memórias este tipo de acontecimentos de raiz popular, e desta mistura,é mais vivido no norte do que no centro ou sul.
Não sou particular apreciador das festas enquanto bailarino, ou bebedor de minis,mas admiro quem as realiza e frequento as mostras gastronómicas que normalmente são excelentes.
Ultimamente assiste-se à famosa inspecção da ASAE, que impõe regras e limita em muito o trabalho desta gente, devo dizer que concordo com o principio da sua actuação, ou seja com a intenção de formar e evitar que haja falta de higiene alimentar e outras, mas também é verdade que em Portugal se exgera neste tipo de policiamentto e que é uma força de campanha dos governos no poder, e nunca se ouviu dizer que alguém alguma vez tenha sofrido uma intoxicação alimentar nestes eventos.
Para finalizar,faço um apelo para que os jovens participem mais nas realizações destes arraiais populares para não morrer a carolice.
loool post muito original, grande investigação :P
ResponderEliminarbeijos
http://joanitinhah.blogspot.com
Caro José M. S. dos Santos descurei esse aspecto das festas de verão, o lado sério e as verdadeiras razões para a sua existência.
ResponderEliminarLouvor seja devidamente feito a quem trabalha tão arduamente: são muitas as horas "perdidas" na preparação destes eventos. Há sempre alguma coisa que ainda não se comprou, que ainda não se pediu... por mais organizada que esteja e por mais experimentados que sejam os "festeiros". Tenho alguma experiência nesta parte da organização e sei bem do que falo. É muito difícil por uma festa de pé!
Muitas vezes, se não é o sangue novo e a rebeldia da juventude, tenho para mim que não se conseguiria. Caro José, os jovens estão de corpo e alma com as tradições... Se depender de nós (incluo-me neste grupo de novos-carolas), haverá arraias para SEMPRE!
Há ainda que falar no ambiente que se vive "por detrás do balcão", onde se misturam pais com filhos, avós com netos, vizinhos e conhecidos... Nestes dias, todos falam com todos, todos colaboram com todos, todos riem com todos. Um fartote! E depois há sempre aqueles mais ramboieiros que se dispõem a fazer partidas aos outros, apesar de toda a azáfama que o trabalho exige. Mesmo com a "pressão" dos lucros para a dinamização de novos projectos e para melhorias ou criação de infra-estruturas, vemos quem trabalha sempre com um sorriso nos lábios. Dá gosto!
Ai a ASAE, o inimigo público das festas de verão! Concordo com o princípio de actuação. O resto, são balelas...