domingo, 14 de junho de 2009

Aprender com...

Depois de alguns percalços, o "Aprender com..." está de volta!

Desta vez, o convidado é mais um daqueles Amigos, o André Lopes do vizinho Circo Natureza. O André é um moçoilo muito prendado e dedicado às letras, que está a terminar o muy nobre curso de Jornalismo. Sempre com um sorriso nos lábios, notamos-lhe o ar perspicaz e aprofundado com que vê o Mundo e os acontecimentos que marcam os nossos dias. Obrigado pela presença sempre amiga =) [Já consegui postar o filme! Yuuupppiii! :D]. Convosco,

APRENDER COM...
AMÉLIE POULAN

A convite da amiga Aprendiz escrevo nesta rubrica esta semana. Sem saber o que escrever, me aventuro num tema que não poderia ter sido o melhor. Um filme que vira "lição de vida". O filme que me marcou a adolescência. Falo de "O fabuloso destino de Amélie Poulain", de Jean Pierre Jeunet. A sua estreia data de 2001 e tem uma das actrizes que mais se tem destacado nos últimos anos, refiro-me a Andrey Tautou, a grande protagonista da história.



Numas férias em Lisboa, fui ver o filme ao cinema "Ávila". Estava nos últimos dias de exibição. Saí da sala sem saber o que dizer. Já na altura me lembro de pensar: "este é o filme da minha vida". Ainda com uns curtos 21 anos, acredito que será o filme que ficará marcado para sempre.

Jean Pierre conta a história de Amélie Poulain, uma menina que vive privada do contacto com outras crianças porque o seu pai considerava que ela tinha um problema cardiovascular. O seu coração batia velozmente quando ia fazer exames médicos, mas tudo não passava de se sentir intimidada por estar na presença do seu pai. Amélie cresce e assume a vida de adulta ao mudar-se para Paris e começar a trabalhar como empregada de balcão num café. É nesta altura que Amélie muda a sua vida e dos que a rodeiam. Pequenos gestos que fazem toda a diferença. Ajudar os mais próximos, fazer os outros felizes, e até encontrar um novo amor, fazem de Amélie uma figura encantadora, que deve servir de modelo de inspiração para o dia-a-dia. É aqui que reside a razão de existir desta crónica.

Quantos de nós não nos estamos sempre a lamentar da vida, que precisávamos de comprar mais isto e aquilo, que não somos felizes, que nos falta qualquer coisa...e afinal de contas temos uma casa, um tecto, uma família e amigos e tudo o mais a que não damos valor. São os pequenos gestos que fizeram a Amélie Poulan feliz e sentir-se concretizada. É esta a mensagem que gostaria de passar. Deixemo-nos de alimentar este consumismo desenfreado, o egoísmo que se apoderou de todos, o ego elevado de muitos e a má educação de outros tantos.


Fica a sugestão: "O fabuloso Destino de Amélie Poulan", um filme para rir e chorar, mas principalmente, para crescer e aprender junto com a personagem.

3 comentários:

  1. José Manuel Soares dos Santos16 de junho de 2009 às 14:44

    Ò André parabens,gostei muito dessa tua interpretação da vida, ainda à dias falava com amigos sobre o tema do sofrimento, do suicídio, e todos concordamos que há coisas tão simples da vida, que nos deixam felizes e que nos fazem adorar a vida, pode até ser este cheiro a terra molhada destas trevoadas de verão, os gestos de bem com os outros.
    Parabens

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  2. ai eu ai eu é tao bonito dizer estas coisas mas muitos no fundo estao a dizer:ha eu gosto de dar valor a pequenas coisas ajudar os outros mas quem me tira o cartao de credito dos pais e o meu curso tira-me a vida.assim nao se vai la

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  3. Caro Anónimo (20:16), acredito que haja pessoas assim... Mas nós sabemos que esse não é o caminho certo! Cabe-nos então tentar alterar esta tendência, a começar no nosso mundinho. Aceita o desafio?!

    =)

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