quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Era uma vez...

Era uma vez, um país chamado Portugal que andava meio aborrecido e deprimido. Durante o mês de Dezembro, e à semelhança do que acontecia sempre, sucediam-se, uns atrás dos outros, recordes de gastos - mas não havia dinheiro...! Mas isso, não interessava nada. Ainda o Menino Jesus andava à procura de um sítio jeitoso para nascer, já só se falava e pensava em Natal: ele eram jornais, revistas, era a televisão, os posts e artigos na net e aqueles papéis horríveis de publicidade a brinquedos... Depois ainda haviam as ruas e as lojas, todas engalanadas para receber os consumidores desenfreados que, por aquela altura, pareciam nascer atrás de cada árvore - estavam em crise, mas isso, não tinha qualquer importância!

A única coisa que interessava eram as prendas, as prendas, as prendas: os perfumes, os relógios, as viagens, os carros e as casas, os telemóveis, os computadores e as consolas, as máquinas fotográficas, a roupa de marca, as malas e os acessórios (e todas as coisas inúteis que se costumavam oferecer, para bem parecer, mas que depois só apetecia atirar para o lixo!). Havia também a Popota e a Leopoldina (que tinha tido um encontro com um cirurgião e deixou de ser gordinha e fofinha...). É que nem Pai Natal aparecia... Tinha sido afastado do cargo, como uns tantos políticos :P

Não havia quem aguentasse!
Já que estou de férias (é sério!! FINALMENTE), será que posso tirar férias desta estupidificação material do Natal?!?
Onde é que ficou o Amor, a Partilha, a Escuta, a Compreensão, a Paz e todos esses outros sentimentos nobres que fazem (ou deviam fazer) parte da tradição do Natal?






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