sexta-feira, 31 de julho de 2009

Politiquisses!


Em época de (pré-)pré-campanha eleitoral e, consequente, constituição das listas de candidatos, anda tudo numa azáfama… Como que, caídos do céu - sim, porque no resto do ano, nem deles damos conta -, lá encontramos em tudo quanto é evento social (ou qualquer tipo de ajuntamento que envolva muita gente), olheiros e recrutadores-oficiais. Estes amigos procuram pessoas politicamente interessantes, independentemente da sua história, das suas experiências e apetências… pessoas que “dão jeito” e que concerteza trarão votos. Este “dar jeito”, prende-se com a ideia que a comunidade tem sobre a pessoa em causa: interessa ser popular, (aparentemente) credível, bem relacionado e, o mais importante de tudo, ter (ou parecer ter) obra feita – o grande segredo reside aqui!

A luta entre partidos começa cedo: às escondidas e em imperioso segredo, não vá outro recrutador ser mais rápido, lá se vão contactando os “homens/mulheres-fortes”, mesmo que antes, tenham envergado qualquer outra bandeira – faz-me lembrar o (triste) episódio do PS e da Joana Amaral Dias… Do quadro de medidas, em vez de acções concretas e objectivas, fazem parte intenções e promessas, na maioria das vezes, vãs e vazias de qualquer sentido. Dinheiro, é o que querem... Enfim!

O que interessa verdadeiramente é o voto, em detrimento da moral e dos bons costumes. Diga-se que, esses, são esquecidos na totalidade, quando se fala de política. Nestas alturas, deixam-se também de lado laços afectivos e nem a Família escapa… Importa apenas a cor do partido que se apoia. Ao apoiar uns, não se apoiam os outros, isso é certo. Mas por estas bandas, não apoiar significa “estar contra”... “Estar contra” significa abrir guerra, deixar de falar, fingir, pura e simplesmente, que fulano ou beltrano não existe. Como não compactuo com isso, ainda não vai ser desta que me hão-de ver nas aventuras políticas...

5 comentários:

  1. em primeiro lugar queria dizer-lhe que os politicos nao se vem lado ceu de repente so em altura de eleiçoes muitos meses antes ja tem os planos bem estudados para estas alturas e para seguir este raciocinio puxe voce pela cabeça.em relaçao a voce entrar na politica que eu saiba nao a chamaram para ser igual a muitos que la estao e fazer as mesmas vigarices.

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  2. Óh sr. Anónimo, é ou não verdade que político que se preze - que são todos -, só aparece e dá "o corpo ao manifesto" em ano eleitoral?!? Disso, não tenho dúvida alguma! Reconheço que nos outros três anos, provavelmente, andam a magicar esses tais planos de que fala... (Que trabalheira heim?! :X)

    Quanto à minha entrada na política, parece-me que seria apenas mais uma, no meio de tantos... Seria apenas mais uma a dizer que sim e a sorrir à presidência! E, como sabe, para isso não sirvo que não sou hipócrita. Se é para ir na onda, fico em casa! Sei, de fonte segura, que o fim dos convites era, quase inteiramente, político. Não tanto para já, mas para os próximos anos... Interessa integrar-me nas fileiras e esperar que haja cada vez mais "fãs" - como dizia no post, a competência não é assim um factor muito importante, mas sim o estatuto...

    Pode estar certo, caro Anónimo, que no dia em que decidir enveredar por caminhos políticos, não vou ser "igual a muitos que lá estão e fazer as mesmas vigarices"! Que fique escrito e registado =)

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  3. Olá
    Sinto-me com responsabilidade politica por tamanha amargura,peço desculpa por só agora ter tido tempo para vir aqui a este teu sitio.
    È verdade que havia uma questão politica no meu convite,nunca o escondi, e confessei, mas também é verdade que haviam razões pessoais que achava que eram mais valias para a comunidade, razões fortes como seriedade, capacidade de trabalho sob stress,organização e ideias, tudo isto foi falado, e também disse que a decisão deveria ser tomada em consciência e que mesmo negativa, continuava a admirar a tua pessoa como continuo, conto contigo numa outra batalha.
    Não posso de referir a velha máxima, lembra-te que se atirares pedras de fora para dentro destrois a casa e se atirares de dentro para fora limpas a casa.
    Um beijo e saudades.

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  4. olá,concordo com quase tudo, ou praticamente tudo aquilo que referes. sobre aquilo que penso da politica a nivel local que se faz neste momento já te disse aquilo que penso.
    Incomoda-me sobre maneira como esta politica, ou esta forma de estar na mesma è feita, estive na politica activa a nivel local anos de mais para saber como as pessoas são chincalhadas, mal tratadas, ofendidas, e outras palavras que me recuso aqui a escrever, felizmente ainda à por ai meia duzia de pessoas sérias.
    Tambem me assusta profundamente como alguns pseudo politicos ditos de direita ou centro direita se aproveitam por vezes, se não sempre da igreja ou de pessoas ligadas à mesma para tentarem ganhar eleições, depois da meta atingida è cobras e lagartos, porque o prior è assim è assado, são os que o acompanham, são os jovens que lá andam que são uns atados, etc.
    retirei-me porque as pessoas são falsas,SÃO MENTIROSAS, ainda não entenderam que com esta forma de estar na politica não servem as pessoas que os elegeram quanto mais aqueles que mesmo nao votando neles continuam a ser seus fregueses ou municipes.
    por isto tudo e muito mais entendo que procedeste bem, e mais, deveria ser feito um boicote a nivel nacional a estes politicos rascas de trazer por casa que estão à tempo de mais no poder.
    Neste momento quem ganha eleições não è quem tem valor, è quem tem poder para arranjar alguns tachos para os seus Yes main!
    Tambem entendo que colocando-nos fora não conseguimos mudar nada, tem que ser dentro que conseguimos mudar alguma coisa, mas neste momento penso que alguem que queira mudar algo deve ser como independente, sem qualquer conotação politica.

    Um beijinho

    O outro chefe

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  5. Querido Olexx,

    Tão bom ter-te de volta por aqui =) Já tinha(mos) saudades…!

    Verdade, não mentiste (andas a aprender com a Manuela Ferreira Leite?! =P). Disseste ao que vinhas e não precisaste de intermediários ou de falinhas mansas e simpatias, como muitos senhores que vemos por aí na praça pública… E é só isso que me deixa “amargurada”, para usar as tuas palavras: afinal de contas, é (quase) só o estatuto que conta.

    A decisão está, amadurecidamente, tomada – é por eles, não por ti… como dizia o outro amigo (ele deve ter uma bola de cristal ou coisa assim =P). Talvez seja melhor! Numa outra batalha, irei limpar a casa… Agora, resta-me ir votar quando a isso for chamada. A ver vamos se ganha a pessoa e não a cor, mas disso teremos tempo de falar!

    Volta sempre =)

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