Visita de Enfermeira

Às vezes também é preciso...! =)

Lá agarrei no cartãozito de Projecto de Enfermeira e aventurei-me pelos corredores do Hospital. É bom quando vamos visitar pessoas, significa que temos Amigos e que não estamos doentes (é uma visão um pouco egoísta talvez!). Até que vamos visitando os outros, vamos tendo a sanidade suficiente para ver que há que viva pior que nós, mesmo que atravessemos muitas dificuldades...

Há sempre quem sofra mais, quem chore mais, quem esteja mais amargurado, quem viva mais triste, quem seja mais infeliz, quem esteja mais angustiado, quem esteja mais perdido. Há sempre quem não saiba o que fazer, qual o próximo passo a dar... Há sempre que tenha menos, muito menos…!
Há sempre quem sonhe menos, quem tenha menos objectivos, quem tenha menos possibilidades, quem tenha menos razões para sorrir, menos razões para esperar, menos razões para viver…

[Voltando à minha visita]
É engraçado ver a quantidade de Amigos que os nossos Amigos têm. É engraçado olhar para a alegria com que os recebem. É engraçado olhar para tudo “do lado de fora”, estando ali mesmo ao pé… Numa perspectiva muito exterior, observei tudo isto! Coloquei-me no lugar do visitado...

Deve ser bom ter visitas, mas também se deve chegar a uma fase em que já não se sabe o que dizer a quem visita. Pareceu-me que um doente fica muito mais cansado com todo o entra e sai, o beijinho e o abraço, o sorriso e a lágrima, das visitas, do que com os próprios tratamentos e o facto de estar fora do seu ambiente normal. Todo o corrupio que acompanha um internamento, é digno de uma palavra: CAOS! Pffff…!

Falta falar dos presentinhos e toda a visita que se preza transporta!!! Eu nunca levo nada... Porquê!!?? Fácil. Porque basto para levar um sorriso, um abraço, uma palavra de conforto, um gesto, um "Sim, estou aqui para o que der e vier!", "Conta comigo!". Para mim, isso é que interessa =) O resto, é supérfluo!

Da próxima vez que visitem alguém num Hospital, tenham isto em atenção: por mais que gostemos de quem visitamos, tudo tem um limite! Não muito tempo, não muito pouco tempo. Não muito alto nem muito baixo. Não muito depressa nem muito de vagar. Tudo tem um tempo e um meio termo. Só temos que aplicar a teoria que tão bem conhecemos à prática... Contra mim falo!