Habitualmente nas nossas casas temos aquilo que nos faz sentir bem, aquilo de que gostamos e com o qual nos identificamos, a vida à nossa imagem, semelhança e bel-prazer. Assim que transpomos a porta da rua, a realidade muda e deixamos de ver o que mais nos apraz. É natural ouvirmos dizer, de alguém que viajou e está de regresso, que tinha saudades disto ou daquilo e, não raras vezes, passa mesmo a dar mais atenção a pequenos aspectos que só foram notados com a ausência.
O mesmo acontece com as relações humanas. Quando estamos diariamente
com as mesmas pessoas, há pormenores descurados e gestos banalizados que, por
isso, deixam de ter significado. Só com a distância e a privação dos afectos,
tomamos consciência de quanto nos fazem falta e do espaço que ocupam, no nosso
coração e na nossa vida.
Na nossa “casinha coracional”,
como diz um amigo meu, acontece o mesmo. Muitas vezes precisamos de nos afastar
de Nós para, no regresso, podermos valorizar o que somos e para colocar tudo na
prateleira certa.
Como Seres Humanos carregados de imperfeições e impregnados de
limitações, temos esta dificuldade enorme em agradecer o dom grandioso que é a
nossa vida e de tudo o que a compõe. Se o melhor de ir, é regressar, que
possamos sair e voltar a entrar na nossa Vida para podermos Ver e não apenas
olhar para tudo o que nos rodeia, e dar graças a Deus por isso.
________
A entrada de um novo ano traz consigo regressos e enche-nos de esperança. Para o Aprendisses, é sinónimo de Aniversário - o terceiro. É, pois, tempo de Agradecer. Que possam ser tão felizes aqui, como eu vou sendo cada vez que cá volto :)
________
A entrada de um novo ano traz consigo regressos e enche-nos de esperança. Para o Aprendisses, é sinónimo de Aniversário - o terceiro. É, pois, tempo de Agradecer. Que possam ser tão felizes aqui, como eu vou sendo cada vez que cá volto :)
Sem comentários:
Enviar um comentário