Nestes últimos dois dias, tenho passado mais tempo que o normal na companhia dos meus queridos avós. A quantidade de coisas que aprendi… Muito mais que em qualquer aula ou em congresso.
No Mundo actual, os avós (significando todos os idosos) são, muito frequentemente, desprezados e tomados como inúteis gastadores de recursos, "papa-reformas"... É vê-los por aí abandonados pelas famílias em milhentos lares de terceira idade, quantas vezes sem condições. Por detrás de cada ruga, esconde-se uma história, um episódio, um dia memorável... Podem não ter tanta energia e vitalidade que temos nós, jovens, mas não é por isso que merecem a nossa indiferença e desrespeito. Há quem diga que os idosos se tornam chatos: precisam apenas de quem os escute e lhes dê carinho!
Sempre que chego a casa depois de uma longa semana de ausência, recebem-me com aquele abraço, com um grande sorriso, com um “Tão bom quando vens mais cedo!” ou “Guardei-te ali umas cerejinhas… podia já não haver mais”. Delicio-me com todos estes mimos :) Como é bom ouvi-los contar as suas pequenas-grandes conquistas: é a flor que abriu, o cabrito que nasceu, a galinha que pôs o primeiro ovo… Não me canso! Querem sempre mostrar-me e contar-me tudo o que aconteceu. Tudo mesmo. E eu, pareço uma menina de cinco anos, ávida de conhecimentos.
Hoje aprendi a fazer um parto… a uma cabra.
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